“Deu branco” é uma expressão muito usada pelas pessoas naqueles momentos de falhas repentinas ao acesso de uma informação que você tem certeza que sabe, mas não vem à mente no exato momento que você quer, diz a Dra. Gislaine Gil, neuropsicóloga pela Faculdade de Medicina da USP. E, o pior de tudo, quanto mais você fica ansioso para lembrar a informação, menos você tem acesso a ela, acrescenta a Dra. Gislaine.
Nesse momento a energia do seu cérebro fica dividida entre lembrar a informação e minimizar o nervosismo diminuindo ainda mais o acesso ao que realmente importa. Portanto, o primeiro passo é não ficar nervoso!
Se você está dando uma aula ou falando em uma reunião e a palavra não veio, busque um sinônimo e se não der explique que a informação não está acessível naquele momento, mas quando voltar você avisa e fale num tom de diversão, pois todos irão se divertir e nem lembrar que você não lembrou.
“Se você me perguntar se algo está de errado com a sua memória direi que nada tem de errado com ela, mas, sim, com os mecanismos que levam a informação até a sua consciência”, diz Gislaine Gil. Esses mecanismos já foram estudados pelos cientistas que demonstraram a secreção de corticóides pelas glândulas supra-renais, no momento de muito nervosismo. Essas substâncias circulam pelo sangue e atuam sobre o cérebro indiretamente, em lugares que inibem o funcionamento e o acesso a informação.
Uma técnica interessante a ser usada é a do alfabeto, mas para isso exigirá tempo e treino. Como fazer isso? Recite o alfabeto lentamente em seu cérebro, dando um espaço de pelo menos 5 segundos ao falar mentalmente cada letra. A letra pode ser a pista que você precisava para buscar a informação.
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Autora: Dra. Gislaine Gil
Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP.
Mestre em Gerontologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP.
Neuropsicóloga pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Coordenadora do Programa Cérebro Ativo do Hospital Sírio-Libanês.
Coordenadora do Curso de pós-graduação: Gerontologia e Empreendedorismo do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês.
Titulada em Neuropsicologia pelo CRP, Conselho Regional de Psicologia.
Titulada em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Foi responsável pelo Núcleo de Neuropsicologia do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Integrou o Check-up da Maturidade do Grupo Fleury Medicina Diagnóstica.
Integrou a equipe do Instituto de Geriatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Integrou a diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo nos biênios 2014-2016 e 2016-2018.
Participou da criação do Projeto Inclusão de pacientes com Déficit de Atenção da Farmacêutica Novartis e realizou o Programa de Estimulação Cognitiva de pacientes com Demência de Alzheimer leve na Danone Medical Nutrition Division.
Lecionou e supervisionou cursos de pós-graduação, entre eles: Psicologia Psiquiátrica do CAISM da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Gerontologia da Unifesp; Gerontologia do Sedes Sapietae; Nutrição Gerontológica da Geriatria da Faculdade de Medicina da USP; Neuroaprendizagem do Sion; Curso de Capacitação em Estimulação Cognitiva Intergeracional do Hospital Sírio-Libanês.
Autora dos livros:
“Memória: tudo que você gostaria de saber, mas esqueceu de perguntar” da editora Campus-Elsevier.
“Ensinar a lembrar – guia prático para ajudar a reconhecer e melhorar problemas de memória” da editora Casa Leitura Médica 1a e 2a. edições.
"Como lidar com problemas de memória e doenças neurodegenerativas" da Editora Hogrefe.