Quando retornamos das férias, é comum sentirmos a necessidade de descanso e de manter a energia ao longo do ano. Nesse sentido, é essencial entender a diferença entre o lazer passivo e ativo, e como eles podem afetar nosso bem-estar e produtividade, diz a psicóloga Rúbia Mara Esquarante Barbosa.
O lazer passivo, como assistir TV, navegar pela internet e passar horas nas redes sociais, pode ser atraente e fácil de realizar, mas é importante lembrar que seu prazer e envolvimento têm um limite. Estudos mostram que após cerca de 30 minutos de atividades passivas1, começamos a sentir uma drenagem em nossa energia e até mesmo uma sensação de cansaço.
Por outro lado, o lazer ativo envolve esforço e habilidades, como praticar um esporte, ler um livro ou se dedicar a hobbies criativos. Esse tipo de lazer estimula nossa mente e corpo, aumentando nossa concentração e motivação de forma mais duradoura, enfatiza a psicóloga Rúbia Mara. Além disso, atividades ativas podem trazer uma sensação de realização e satisfação pessoal, contribuindo para um maior equilíbrio emocional.
Portanto, para manter nossa energia ao longo do ano, é fundamental equilibrar essas duas formas de lazer. Enquanto o lazer passivo pode ser uma maneira rápida de relaxar em momentos de cansaço, é importante também investir em atividades ativas para estimular nossa criatividade, desenvolver novas habilidades e, consequentemente, nos sentirmos mais felizes e realizados.
Lembre-se de que nosso corpo precisa dos dois tipos de lazer para manter um equilíbrio saudável. Portanto, sempre que possível, busque alternar entre momentos de descanso passivo e atividades que envolvam seu corpo e mente. Essa prática será benéfica para sua saúde mental e emocional, e contribuirá para que você encare o ano com mais disposição e motivação.
No seu retorno das férias, estabeleça um plano para integrar o lazer passivo e ativo em sua rotina diária. Com o tempo, você perceberá como esse equilíbrio pode fazer toda a diferença em sua qualidade de vida, produtividade e bem-estar geral.
Cuide de si mesmo!
Referência Bibliográfica:
1Csikszentmihalyi, M., & Hunter, J. (2014). Happiness in Everyday Life: The Uses of Experience Sampling. Flow and the Foundations of Positive Psychology, 89–101. doi:10.1007/978-94-017-9088-8_6
Sobre a autora:
CRP: 04/60082/CRP: 06/000991-IS
Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) .
Mestre em Instituição, Saúde e Sociedade com foco em construção de instrumento digital para intervenção cognitiva pela UFSJ.
Pós-graduanda em Neuropsicologia pela Faculdade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (FCMSCSP).
Formação continuada em Terapia Cognitivo Comportamental – Espaço Integrar.
Certificação Escala Bayley III pelo Cursos Bayley Brasil.
Capacitação em Estimulação Cognitiva com Simulação Prática pelo Programa Vigilantes da Memória.
Curso de Inverno em Neurociências pela Universidade de São Paulo (USP).
Psicóloga e Neuropsicóloga da equipe do Vigilantes da Memória.