- O que é a doença de Alzheimer?
É uma doença que afeta as células do cérebro, os neurônios, que vão perdendo a função de forma lenta e progressiva. Assim iniciam os sintomas como: falta de memória para fatos recentes, dificuldade de aprendizado de novas informações. Contudo a doença afeta não somente a memória, mas também outras funções cognitivas como: capacidade de abstração, capacidade de planejamento e capacidade de nomear objetos do cotidiano. Essas alterações cognitivas podem prejudicar significativamente as atividades ocupacionais e sociais da pessoa, caracterizando a fase de Demência.
- O que causa a doença?
A doença de Alzheimer é causada pela deposição de uma proteína chamada beta-amiloide e da formação de emaranhados neurofibrilares na célula cerebral. Essa deposição de proteínas ocorre durante décadas até iniciarem os primeiros sintomas. Assim, algumas estruturas dentro da célula passam a funcionar de maneira inadequada, prejudicando a formação de proteínas, de energia e de neurotransmissores.
- Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pelo médico após conhecer o histórico, exame físico, avaliação neuropsicológica , exames laboratoriais e pelo menos um exame de tomografia ou ressonância magnética do crânio. Dr. Alexandre Busse explica que após a exclusão de outras causas de Demência, especialmente as causas reversíveis, chega-se ao diagnóstico clínico com uma probabilidade em torno de 90%.
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- Qual é a memória alterada na doença?
Bons tempos aqueles ...
O saudosismo exaltando o passado permanece vivo nos estágios inicias do paciente com doença de Alzheimer. Ele pode ficar horas falando do passado quando tinha sete anos e ingressou na escola ou do primeiro emprego, enquanto você quer saber do presente. Isso ocorre, porque a memória remota permanece inicialmente intacta. A falha advém quando quer lembrar-se de acontecimentos recentes, como o que comeu no almoço ou como foi o final de semana. Dra. Gislaine Gil destaca que geralmente os sintomas são relacionados a dificuldade na memória declarativa episódica.
- Quando suspeitar que a pessoa possa ter a doença de Alzheimer?
A manifestação inicial geralmente é a dificuldade de memorização: perguntas ou conversas repetidas, perda de pertences, esquecimento de eventos ou compromissos.
Essas queixas já podem trazer dificuldades nas atividades de vida diária como: menor desempenho no trabalho, atrasos em pagar contas, desorientação em locais menos conhecidos, dificuldades em fazer compras ou cozinhar.
- É importante o diagnóstico precoce?
Sim, Dr. Alexandre Busse ressalta que os estudos científicos mostraram que quanto antes iniciar o tratamento melhor é a evolução, melhor é a qualidade de vida e menor é o risco para a pessoa. Além dos medicamentos que tem os benefícios mais evidentes no início da doença, existem as orientações pela equipe multidisciplinar especializada que tem o objetivo de ajudar a pessoa com a doença de Alzheimer a desenvolver o máximo de suas potencialidades. Seja atingindo um equilíbrio entre a máxima preservação da funcionalidade possível nos vários estágios da doença e a prevenção de possíveis riscos à sua integridade; seja minimizando as dúvidas e conflitos frequentes dos familiares e cuidadores.
- Qual a importância da rede social no cuidado da pessoa com a doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer traz grande impacto para toda a sociedade, mas a família sofre um golpe significativo quando a doença se manifesta. Em algumas famílias inicialmente pode haver uma negação da doença, então posteriormente ocorre uma busca por explicações do porque a pessoa não é mais a mesma e pode iniciar um movimento para recuperar a “pessoa de antes”.
Este momento é muito delicado podendo abalar a estrutura desta família principalmente quando surge desespero, frustração e culpa.
Dra. Gislaine Gil destaca que os profissionais especializados são fundamentais para: reabilitação cognitiva, manutenção da independência pelo maior tempo possível, melhora do convívio familiar, organização da rotina de cuidados, capacitação de cuidadores e o envolvimento dos vários familiares para atuação em sinergia.
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