A procrastinação é o ato de atrasar tarefas desnecessariamente a ponto de sentir desconforto subjetivo e é um problema muito familiar. Há evidências de que a procrastinação resulta em desempenho acadêmico prejudicial, incluindo notas baixas e desistência dos estudos.
A avaliação da procrastinação acadêmica tem se concentrado quase inteiramente na medição dos hábitos de estudo, como os minutos gastos estudando e as atitudes em relação ao estudo e as lições concluídas. No entanto, a procrastinação envolve muito mais do que gerenciamento de tempo deficiente e habilidades de estudo; ela é uma complexa interação de componentes comportamentais, cognitivos e afetivos, diz a Dra. Gislaine Gil, neuropsicóloga.
Quais as razões possíveis para procrastinação?
(a) ansiedade de avaliação,
(b) perfeccionismo,
(c) dificuldade em tomar decisões,
(d) dependência e procura de ajuda,
(e) aversão à tarefa e baixa tolerância à frustração,
(f) falta de autoconfiança,
(g) preguiça,
(h) falta de assertividade,
(i ) medo do sucesso,
(j) tendência a se sentir sobrecarregado e administrar mal o tempo.
Quais as possíveis intervenções?
Para os procrastinadores que relatam medo do fracasso, estratégias de intervenção que abordam ansiedade de avaliação, perfeccionismo e baixa autoconfiança podem ser apropriadas.
Para aqueles que procrastinam como resultado da aversividade da tarefa, um procedimento de gerenciamento de contingência pode ser um aspecto importante da intervenção.
Referência Bibliográfica:
Laura J. Solomon and Esther D. Rothblum. Academic Procrastination: Frequency and Cognitive-Behavioral Correlates. University of Vermont.