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Esquecimento pode ser normal

Somos seres que nos adaptamos e assim também é a nossa memória. Esquecer algo muitas vezes traz frustração, mas em outros momentos é útil e até mesmo necessário. Descartar o local onde estacionou o carro quando foi ao shopping, o telefone antigo de um amigo, a palavra atravessada de um chefe, segundo a Dra. Gislaine Gil, são informações que não são mais necessárias, logo tende a não serem evocadas e tornam-se progressivamente menos acessíveis com o tempo. 

Imagine-se você lembrando-se de tudo o tempo todo, seria um caos! As informações que apreendemos e não usamos recentemente em nossas vidas apresentam maior probabilidade de não serem mais necessárias, logo são esquecidas. Segundo a Dra. Gislaine Gil, somos mais capazes de recordar a empresa onde uma pessoa trabalha e qual é o seu cargo, do que seu nome. Isso ocorre, pois as pessoas são mais suscetíveis a bloquear nomes não usados recentemente. 

A distração também é algo que tomamos como irritante, mas Shereshevski provavelmente não teria a mesma opinião. Shereshevski, paciente estudado pelo famoso neuropsicólogo Luria, prestava atenção a tudo, logo formava e guardava memórias detalhadas de eventos importantes às triviais que ocorriam com ele. Por outro lado, ele era incapaz de funcionar em um nível abstrato porque estava inundado com detalhes sem importância de suas experiências do dia-a-dia. Um sistema de atenção e memória, que depende de elaboração, permite que desfrutemos considerável benefício de operarmos no piloto automático, sem termos a memória sobrecarregada com informações desnecessárias sobre atividades rotineiras.

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No dia-a-dia seria mais importante pensar em como se lembrar de um caminho para visitar um cliente importante da empresa ou o que falar para ele enquanto dirige, do que relembrar como manusear o câmbio do carro. Esquecer é normal e até necessário para a sobrevivência mental, mas acontecimentos importantes esquecidos passam a ser tratados como um problema quando sua frequência aumenta e atrapalha a rotina da pessoa. Imagine se em um único dia uma pessoa pergunte várias vezes a mesma informação, mesmo tendo prestado atenção em todas as respostas. Isto sim é um problema, e possivelmente trata-se de uma doença que afeta a memória.

Na maioria dos casos, o déficit na memória pode ser relativamente leve e representar apenas um incômodo social. Mas, nas manifestações mais graves, pode constituir um problema importante a ponto de ocasionar isolamento social. Logo, uma investigação detalhada com avaliação médica e neuropsicológica deve ser realizada.

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