O cérebro humano se modifica com a idade, seja em sua estrutura ou função, diz o geriatra Prof. Dr. Alexandre Busse. Entre os cinquentenários um dos problemas mais temidos com o avançar da idade é o comprometimento cognitivo. Busse e a neuropsicóloga Gislaine Gil relatam que há maneiras de ajudar a manter a função cerebral, são elas:
1. Estimulação Cognitiva
Pesquisas realizadas com ratos e humanos, descobriram que atividades cognitivas estimulam novas conexões entre células nervosas e podem até ajudar o cérebro a gerar novas células, desenvolvendo "plasticidade" neurológica e construindo uma reserva funcional que fornece uma proteção contra a perda futura de células nervosas. Logo, programa de estimulação cognitiva como o Vigilantes da Memória que é focado em estratégias para minimizar queixas de memória, atenção e planejamento na vida diária são fundamentais.
2. Faça exercício físico
O uso dos músculos também ajuda o cérebro. As pessoas que se exercitam regularmente aumentam o número de pequenos vasos sanguíneos que trazem sangue rico em oxigênio para a região do cérebro responsável pelo pensamento. O exercício também estimula o desenvolvimento de novas células nervosas e aumenta as conexões entre as células cerebrais ( sinapses ). Isso resulta em cérebros mais eficientes, plásticos e adaptáveis, o que se traduz em melhor desempenho no envelhecimento de animais. O exercício também reduz a pressão sanguínea, melhora os níveis de colesterol, ajuda a equilibrar o açúcar no sangue e reduz o estresse mental, o que pode ajudar o cérebro e o coração, diz a fisioterapeuta Jéssica Bacha.
3. Melhore sua dieta
Uma boa nutrição pode ajudar sua mente e seu corpo. Por exemplo, pessoas que seguem uma dieta mediterrânea que enfatiza frutas, legumes, peixe, nozes, óleos insaturados (azeite de oliva) e fontes vegetais de proteínas têm menos probabilidade de desenvolver comprometimento cognitivo e demência.
4. Melhore sua pressão sanguínea
A pressão alta na meia-idade aumenta o risco de declínio cognitivo na velhice. Mantenha-se magro, faça exercícios regularmente, limite a ingesta de álcool, reduza o estresse e coma direito, diz o geriatra Alexandre Busse.
5. Melhore seu açúcar no sangue
Diabetes é um importante fator de risco para demência. Você pode ajudar a prevenir o diabetes comendo corretamente, se exercitando regularmente e mantendo-se magro. Mas se o açúcar no sangue permanecer alto, você precisará de medicação para obter um bom controle, afirma o geriatra Alexandre Busse.
6. Melhore o seu colesterol
Altos níveis de colesterol LDL ("ruim") estão associados ao aumento do risco de demência. Dieta, exercício, controle de peso e evitar o tabaco contribuem bastante para melhorar seus níveis de colesterol. Mas se você precisar de mais ajuda, pergunte ao seu médico sobre medicamentos, diz o geriatra Alexandre Busse.
7. Evite fumar
Evite tabaco em todas as suas formas.
8. Não abuse de álcool
Beber em excesso é um fator de risco importante para demência, principalmente para a de Korsakoff.
9. Cuide de suas emoções
Pessoas ansiosas, deprimidas, privadas de sono ou esgotadas tendem a ter uma pontuação baixa nos testes de função cognitiva, dizem as reabilitadoras cognitiva Fabiana Shoji e Letícia Mota. Pontuações ruins não necessariamente prevêem um risco aumentado de declínio cognitivo na velhice, mas boa saúde mental e sono reparador são certamente objetivos importantes. Logo, é importante aprender estratégias cognitivas e comportamentais para minimizar esses sintomas, sejam essas: Higiene do Sono, pensamentos disfuncionais, respiração diafragmática, relaxamento, entre outras, que são ensinadas no Vigilantes da Memória.
10. Proteja sua cabeça
Lesões na cabeça moderadas a graves, mesmo sem concussões diagnosticadas, aumentam o risco de comprometimento cognitivo. Logo, evitar quedas é a melhor maneira de prevenção. Como fazer isso? Segundo a neuropsicóloga Gislaine Gil e a fisioterapeuta Jéssica Bacha é muito importante: não subir em escadas, retirar tapetes do chão, boa iluminação nos cômodos da casa e barras de proteção no banheiro.
11. Interação Social
Fortes laços sociais têm sido associados a menor risco de demência, bem como menor pressão arterial e maior expectativa de vida, diz Lilian Cliquet, fonoaudióloga que ensina técnicas de Assertividade na Comunicação nos grupos do Vigilantes da Memória.
Gostou das dicas? Venha participar do nosso grupo de Estimulação Cerebral.
Contato: www.vigilantesdamemoria.com.br, Fone: (11) 3214.2953.
Quem são os profissionais dessa reportagem? acesse: http://www.vigilantesdamemoria.com.br/quem-somos