O termo demência refere-se a uma síndrome clínica em que ocorre deterioração adquirida progressiva e persistente de funções intelectuais (ou cognitivas), sem alteração primária da consciência ou da percepção, acompanhada de alteração do comportamento e mudança na personalidade do indivíduo.
A fisioterapeuta Dra. Jéssica Maria Ribeiro Bacha, afirma que o fisioterapeuta deve intervir em todos os estágios das demências, melhor, Dra. Bacha afirma que o ser humano deve realizar fisioterapia preventiva, ou seja antes de um possível diagnóstico de alterações cognitivas.
Existem evidências científicas que o exercício físico com enfoque multimodal (múltiplas modalidades em uma só sessão) é um dos métodos preventivos de patologias em geral, incluído as demências. Em situações que o indivíduo já tem o diagnóstico de alguma demência, em estágios iniciais e moderados o fisioterapeuta intervém por meio de condutas primárias com foco motor e sensorial e secundárias por meio de intervenções cognitivas com objetivo de postergar o declínio músculo-esquelético da patologia, proporcionando o máximo de funcionalidade para estes indivíduos; porém é sempre importante lembrar que este tipo de doença tem características degenerativas e progressivas, assim nunca teremos prognósticos de cura.
Já em fases avançadas o fisioterapeuta entra com olhar paliativo, ou seja, utiliza condutas para proporcionar o máximo de conforto e qualidade de vida para o paciente e secundariamente para quem está em sua adjacência, sem perspectivas de aumento de funcionalidade.
O profissional que lida com pacientes com demências deve ter por base o conhecimento, isso é indiscutível! Porém, gostaria de chamar atenção a importância do olhar humano, ou seja, o processo de humanização dentro das condutas. A própria senescência (envelhecimento normal, sem doenças) traz seus desafios, entretanto a senilidade (envelhecimento associado a patologias), principalmente em relação a essas doenças com alterações cognitivas têm uma carga emocional extremamente complexa!
A busca do conhecimento científico é contínua e sempre será, mas veja o seu paciente como uma pessoa que tem uma história única de vida, assim tenho certeza que seus resultados serão mais promissores e motivadores, diz a Dra. Bacha.
Profissional:
Jéssica Maria Ribeiro Bacha/ CREFITO 206063-F
Doutora e Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
Especializada em Gerontologia pelo Instituto Israelita Albert Einstein;
Especializanda em Fisioterapia Traumato-Ortopédicapelo IBRA - Instituto Brasil de Ensino e Consultoria;
Especializanda em Fisioterapia Uroginecológica pelo IBRA - Instituto Brasil De Ensino e Consultoria;
Capacitadora em Estimulação Cognitiva Intergeracional pelo Programa Vigilantes da Memória;
Membro da Sociedade Brasileira de Gerontotecnologia;
Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia em Gerontologia;
Membro do Laboratório de estudo em tecnologia, funcionalidade e envelhecimento da Universidade de São Paulo (LETEFE);
Integrante da Equipe do Vigilantes da Memória como fisioterapeuta e docente;
Docente de Pós-graduações em Gerontologia em instituições renomadas no país.
Realiza pesquisas sobre reabilitação do controle postural e cognição de idosos por meio da fisioterapia convencional e de novos recursos como a realidade virtual e videogame;
Realiza atendimento fisioterapêutico em idosos por meio de intervenções convencionais e inovadoras visando sempre o estímulo cognitivo, sensorial e motor do indivíduo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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