Muitas vezes se ouve falar que o profissional da fisioterapia é responsável apenas em cuidar da parte física do corpo, como: doenças ortopédicas, neurológicas e respiratórias. Porém nos últimos tempos tem ficado cada vez mais evidente o reflexo da saúde mental no corpo do ser humano, principalmente em indivíduos idosos, que são pessoas que carregam uma carga de vida extensa, explica a fisioterapeuta Jéssica Maria Ribeiro Bacha do Vigilantes da Memória.
Pesquisas mostram que muitas dores físicas são provenientes de problemas psíquicos. E que se não houver resolução das mesmas não conseguiremos evoluir na melhora de uma condição física, exemplo: tensões musculares provenientes de preocupações.
Atualmente, muitos tratamentos de transtornos mentais têm como padrão ouro de evidência o uso de medicamentos. Porém, uma parcela de pacientes não alcançam os benefícios da remissão total ou apresentam efeitos colaterais. Dessa forma, práticas da medicina complementar e alternativa surgem como recurso, afirma Bacha.
Para atingir determinados objetivos estabelecidos em seus planos terapêuticos, cada fisioterapeuta recorre a conceitos, práticas e técnicas diversas. Entre elas, podemos citar a consciência e imagem corporal, técnicas de meditação antes do início das sessões, ioga, tai chi chuan, terapia floral, homeopatia, fitoterapia, hipnose terapêutica, osteopatia, quiropraxia, estimulação nervosa, microfisioterapia e terapia craniossacral.
Por isso muitas vezes é importantíssima atuação em conjunto com profissionais multidisciplinares em questões de saúde mental, sendo um deles o profissional de psicologia. Estudos mostram que a associação destes dois profissionais em pacientes com dores musculares crônicas apresentam resultados mais positivos quando comparados com apenas fisioterapia de forma isolada, segundo a fisioterapeuta Jéssica Maria Ribeiro Bacha.
Jéssica Maria Ribeiro Bacha é Mestre e Doutoranda em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP; Especialista em Gerontologia pelo Instituto Israelita Albert Einstein; Membro da Sociedade Brasileira de Gerontotecnologia; Membro da Associação Brasileira Fisioterapia Gerontológica; Membro do Laboratório de estudo em tecnologia, funcionalidade e envelhecimento da Universidade de São Paulo (LETEFE) e é membro da equipe do Vigilantes da Memória.
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