Gislaine GIL1, Regina Miksian MAGALDI1, Alexandre Leopold BUSSE1, Elyse Soares RIBEIRO1,2, Sonia Maria Dozzi BRUCKI3, Mônica Sanches YASSUDA3,4, Wilson JACOB-FILHO1, Daniel APOLINARIO1
1Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Clínica Médica, Disciplina de Geriatria, São Paulo SP, Brasil; 2Hospital das Clínicas, Divisão de Psicologia, São Paulo SP, Brasil; 3Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Neurologia, Grupo de Neurologia Cognitiva e Comportamental, São Paulo SP, Brasil; 4Universidade de São Paulo, Escola de Artes, Ciências e Humanidades, São Paulo SP, Brasil.
RESUMO
O Teste de Acentuação de Palavras (TAP) tem sido utilizado para predizer inteligência pré-mórbida e desempenho cognitivo em populações de língua espanhola. Requer que os sujeitos leiam uma lista de palavras sem os sinais gráficos de acentuação que indicam a sílaba tônica.
Objetivo: Como a pronúncia da língua portuguesa também é fortemente baseada em acentos gráficos, nosso objetivo foi desenvolver uma versão brasileira do TAP.
Métodos: Um conjunto inicial de 60 itens foi construído e uma versão final de 40 itens (denominada TAP-Br) foi derivada por teoria da resposta ao item. Uma amostra de 206 idosos foi submetida ao TAP-Br e a uma bateria neuropsicológica padronizada. Registros de pontuação independentes foram realizados por dois observadores em uma subamostra de 58 participantes aleatórios.
Resultados: Os itens apresentaram moderada a alta discriminação (? entre 0,93 e 25,04) e abrangeram uma ampla gama de dificuldades (? entre -2,07 e 1,40). O TAP-Br apresentou excelente consistência interna (Fórmula de Kuder-Richardson 20 = 0,95) e confiabilidade inter-examinador (Coeficiente de Correlação Intraclasse = 0,92). O escore do TAP-Br explicou 61% da variância do desempenho cognitivo global.
Conclusão: Uma versão do TAP para as populações de língua portuguesa foi desenvolvida e mostrou-se uma ferramenta útil para estimar desempenho cognitivo.
Palavras-chave: Testes neuropsicológicos, inteligência, idosos.
Acesse na íntegra:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2019000800560&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt