O Comprometimento Cognitivo ou Transtorno Neurocognitivo em pessoas idosas pode se apresentar como alterações na:
- Memória,
- Atenção,
- Velocidade de processamento,
- Linguagem,
- Habilidade visuoespacial,
- Funcionamento executivo ou uma combinação destes.
Qual é a ferramenta utilizada para a avaliação?
É a Avaliação Neuropsicológica. Essa estabelece se a capacidade cognitiva em um determinado domínio está abaixo do que é normal para uma pessoa de uma determinada idade e nível educacional e é usada para discriminar entre as várias formas de comprometimento cognitivo.
É possível com a Avaliação Neuropsicológica reconhecer a presença de um quadro demencial?
Nas pessoas com prejuízo significativo em vários domínios, muitas vezes é possível reconhecer a presença de uma doença demencial específica que está causando a disfunção na vida diária, enquanto outras, podem ter déficits mais leves e relativamente circunscritos, como é o caso do Comprometimento Cognitivo Leve.
É possível investigar padrões específicos de patologia na Avaliação Neuropsicológica?
Em seus estágios iniciais, as doenças como a doença de Alzheimer, frontotemporal e por corpos de Lewy estão associadas à padrões característicos de declínio em domínios cognitivos. Assim, identificando o padrão específico de forças e fraquezas cognitivas na avaliação neuropsicológica ajuda-se a estabelecer o diagnóstico e o prognóstico e pode ainda orientar as intervenções destinadas a moderar o impacto do comprometimento cognitivo.
Artigo escrito pela Dra. Gislaine Gil, doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP.
Referência Bibliográfica:
Moafmashhadi, P. and Lisa Koski, L.(2012). Limitations for Interpreting Failure on Individual Subtests of the Montreal Cognitive Assessment. Journal of Geriatric Psychiatry and Neurology 26(1) 19-28.