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Como formar boas lembranças?

Contam por aí que Einstein, o grande cientista, certo dia andava pela rua quando encontrou um grupo de alunos. Conversaram animadamente sobre amenidades (difícil imaginar Einstein falando amenidades...) por alguns minutos até que o professor, ao se despedir, perguntou a eles: 

-Quando encontrei vocês, de que lado eu vinha? 

- Daquele, professor.

- Ah! Então já almocei. Até logo!

Essa história chama a atenção não só pelo seu lado divertido, mas igualmente por nos fazer pensar no funcionamento do cérebro quando o assunto é memória. 

É muito frustrante quando tentamos nos lembrar de alguma coisa, mas a memória falha. Temos certeza de que se trata de algo que conhecemos, mesmo assim não conseguimos recuperar a lembrança.  

É a realidade: a memória, uma habilidade fantástica do ser humano destinada a armazenar e recordar informações, às vezes falha. Isso ocorre por várias razões, que podem ser estresse, desatenção, avanço da idade, trauma ou até alguma doença neurodegenerativa. 

É possível melhorar a memória? A resposta da ciência é positiva. Podemos melhorar, sim, nossa capacidade de lembrar através de treino, criando hábitos novos. 

Uma boa dica é repetir mentalmente as informações de um evento que acabou de acontecer, por exemplo. Ou reviver mentalmente a festa em família de que participou na noite anterior, repetindo mentalmente detalhes da experiência, como sons, cheiros, sabores, novidades. Ou então tente rever a conversa que teve com algum colega no dia anterior. Ou ainda, repita o nome da pessoa que lhe foi apresentada, procurando associar esse nome a alguma imagem mental.  

Esses exercícios de repetição exigem no início um pouco de paciência e esforço, mas logo que fizer disso um hábito com certeza vai gostar do resultado. Essa busca de detalhes de eventos ou de nomes de pessoas despertará outras habilidades cognitivas que também vão se aprimorar, como a interação social, a imaginação e a criatividade. 

Outra dica: contextualize o evento que está vivendo com experiências passadas, procurando relacioná-las com os conhecimentos que você possui. Essas associações tornam sua experiência mais bem elaborada, preservando os detalhes com mais qualidade. Com esses exercícios, a recuperação das memórias será muito mais eficiente. 

Finalmente, nunca se esqueça de que, para manter o cérebro sempre ativo, é preciso estimulá-lo com atividades ao longo do dia. É sem dúvida o melhor remédio para a memória, diz Monica Szyszko Pita, neuropsicóloga da equipe do Vigilantes da Memória.  


Sobre a profissional:

Monica Szyszko Pita

CRP 06/59868

Pós-Graduada - Especialização e Aperfeiçoamento em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica, Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

Pós-Graduada – Especialização e Aperfeiçoamento em Psicologia Hospitalar do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP

Pós-Graduada – Intervenção Cognitiva e Experiência de Aprendizagem Mediada pelo Centro de Desenvolvimento Cognitivo do Paraná

Pós- Graduada - Vincularidade Casal e Família, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

Formação em Reabilitação Cognitiva pelo Centro de Estudos Avançados em Psicologia

Graduação em Psicologia, PUC SP, 1999

Docente da Pós-Graduação em Geriatria e Neurologia, Faculdade de Medicina Marília, FAMEMA

Docente da Pós-Graduação em Psicomotricidade, ISPE-GAE-OIPR (Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação - Grupo de Atividades especializadas - Organisation Internationale de Psychomotricité et Relaxation)