Muitos se enganam, pois o Alzheimer não se trata apenas de uma doença, mas de um intruso que se hospeda em uma pessoa que tem uma história de vida em uma família.
E como tratamos a pessoa que tem esse intruso?
Tratamos conhecendo-a melhor, trazendo-a para o nosso lado da história, verificando suas fragilidades e suas potencialidades.
Quando uma pessoa com o Alzheimer é tomada por perguntas repetitivas, não a trate mal dizendo que ela já perguntou várias vezes a mesma informação. Trate a pessoa com carinho, ouça novamente e quando você não tiver mais paciência mude o foco da conversa carinhosamente.
Quando uma pessoa com o Alzheimer é tomada pela ideia fixa de que a casa que ela está não é a dela e ela quer voltar para a casa, não refute a ideia dizendo com veemência que aquela é sim a sua casa. Trate a pessoa com o carinho, diga o quanto você está feliz em vê-la em sua casa, que fez um café especialmente para ela e que ficará muito feliz com sua companhia.
Use o problema da memória ao seu favor, viva cada momento com muito amor e se quiser compartilhar a sua história e interagir conosco estamos prontos para ajudar.
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Texto escrito por Gislaine Gil, doutora em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da USP e neta da Maria Izabel que conviveu muito bem com o intruso e o geriatra Alexandre Busse que ama ouvir histórias no checkup da Memória.