É extremamente importante em uma anamnese que o especialista compreenda o quadro e a queixa principal do seu paciente e, principalmente, entenda quem está por trás daquela “doença”; como é a história pregressa daquela pessoa antes daquele momento. Logo, são fundamentais perguntas como:
- O que faz sentido para vida da pessoa?
- Quais são seus gostos e hobbys?
- Seus medos e anseios?
A partir do momento que o profissional compreende quem é a pessoa e deixa de focar somente no problema de saúde, tudo passar a ser mais fluido e dinâmico.
Dra. Jéssica Bacha, fisioterapeuta, relata uma situação que se enquadra neste contexto. Atualmente a profissional atende uma centenária que tem déficit de equilíbrio severo, grande apreço por religião e línguas, em geral. Nas sessões são utilizados os temas apreciados pela paciente, assim a mesma se sente extremamente envolvida ao realizar os exercícios propostos.
Segundo Bacha, o conhecimento científico é o que nos faz basear nossas condutas clínicas, mas não se pode esquecer de que pôr traz de uma demência, uma osteoartrite, um déficit de equilíbrio existe um ser humano com uma história de vida, com gostos, medos e anseios. E, acrescenta: "é importante personalizar os atendimentos e protagonizar o paciente".
Dra. Jéssica Maria Ribeiro Bacha
Crefito 3- 206063-F
Doutora e Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
Especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia;
Especializada em Gerontologia pelo Instituto Israelita Albert Einstein.