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É normal perder urina com o processo de envelhecimento?

Uma pessoa saudável produz entre mil e dois mil ml de urina por dia. Em média, uma pessoa urina de quatro a sete vezes ao dia, com intervalo de cerca de duas horas entre elas. À noite, a frequência do ato de urinar varia de pessoa para pessoa. Há indivíduos que não urinam durante toda a noite como também os que interrompem o sono uma ou duas vezes para irem ao toalete.

Incontinência Urinária é caracterizada por qualquer perda involuntária de urina que gera um problema social e/ou higiênico. Este problema mundial acomete cerca de 230 milhões de pessoas em todo o mundo.

Com o processo de envelhecimento nosso organismo passa por declínios normais, que realmente são esperados nesta idade. Segundo a fisioterapeuta especialista em Gerontologia, Jéssica Maria Ribeiro Bacha, muitos idosos acreditam ser “normal” perder urina. NÃO! Este tabu precisa urgentemente ser quebrado e esclarecido. Não é “normal” ninguém que passe por um processo de envelhecimento fisiológico ter escape de urina.

É importantíssimo destacarmos que existem tratamentos não cirúrgicos para este problema que incomoda muitas pessoas, principalmente os idosos. Vamos destacar neste post algumas técnicas que o profissional de fisioterapia pode aplicar em indivíduos que perdem urina:

- Reeducação comportamental: O restabelecimento de um ritmo miccional mais frequente, inicialmente de hora em hora, seguido de aumento progressivo desse intervalo, pode ser de grande valia no tratamento;

- Exercício do Kegel: Técnica por meio de posturas específicas;

- Exercícios perineais: exercícios direcionados para musculatura pélvica;

- Cones vaginais: são cápsulas de formato anatômico, constituídas de materiais resistentes e pesados que, ao serem inseridos no canal vaginal, proporcionam o estímulo necessário para que a mulher contraia corretamente a musculatura do assoalho pélvico.

- Biofeedback: Aparelho de retro controle biológico que informa ao indivíduo, por meio de sinais visuais ou sonoros, qual músculo ou grupo muscular é utilizado em cada exercício;

- Realidade Virtual: tem o objetivo de aumentar a adesão das pacientes ao tratamento de forma lúdica e não invasiva, promovendo a capacidade de contração dos músculos do assoalho pélvico durante o uso desta técnica.

Se você sofre este desconforto, não hesite em procurar um profissional que aborde essa área, como: fisioterapeutas, médicos e  psicólogos.


Saiba ainda: Como realizar exercícios respiratórios e diminuir a ansiedade.


Autora: Jéssica Maria Ribeiro Bacha

- Mestre e Doutoranda em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP;

- Especialista em Gerontologia pelo Instituto Israelita Albert Einstein;

- Membro da Sociedade Brasileira de Gerontotecnologia;

- Membro da Associação Brasileira Fisioterapia Gerontológica;

- Membro do Laboratório de estudo em tecnologia, funcionalidade e envelhecimento da Universidade de São Paulo (LETEFE);

- Docente da pós graduação em Gerontologia e Empreendedorismo do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês.


Referências bibliográficas:

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